Existo assim, devagar. E cheia de detalhes.
Ainda e muito. Porque faço o tipo que não conheço nada que seja pouco.
Então é assim. É como ter um mundo inteiro dentro do meu bolso.

Estou viva. Essa é a maior responsabilidade que tenho comigo. Já morri algumas vezes - cinco anos, semana passada. Para você, meu filho, todas as minhas vidas, dia e noite do meu sonho real. Para ti, eu, que já. E ainda-sempre.

A cidade vista de longe cabe na minha vista e, mesmo assim, ultrapassa a minha condição de mantê-la ao meu total alcance. É minha e não me cabe. Como qualquer coisa que valha a pena.

Já não me lembro ao certo quando, mas era Chico que me dizia:
"Porque quando eu cheguei por aqui, eu nada entendi..."

Sabe, no início, também não te compreendia, e me perdia com facilidade nessas suas ruas imensas, cheias de tanto, de tudo...
Mas então você aparecia, com seus braços de avenidas, prontos para me atravessar. E seus braços, construíam a minha cidade.

..
Eu hoje acordei mais cedo
e,azul,tive uma ideia clara
só existe um segredo
tudo está na cara.
[ Paulo Leminski ]

5 Comente Aqui:

Somos feitos de detalhes,
como os braços
que formam uma cidade.

Beleza de texto, Bianca.
Cidade linda, de uma natureza infinda, romântica. Há muito detalhes...
Parabéns, poetamiga!
Beijão

P.S. Quando tiver tempo visite o Literário: http:pbondaczuk.blogspot.com/

Adorei seus posts, espero que goste dos meus também, beijos e abraços !

Faz tempo que não passo por aqui. Você continua linda e os textos, ótimos. Beijos.

Lindíssima a imagem - texto idem!
Abraços, Bianca!

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"O senhor... Mire e veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou. Isso que me alegra, montão".
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